inconsistência leve

domingo, 15 de maio de 2011

Até onde vai a vaidade humana?




Muitos dizem que a vaidade é inerente a condição humana, outros, como os religiosos, a condenam por ser considerada um dos sete pecados capitais. Bem, não é raro se deparar com notícias de cirurgias plásticas que resultaram em verdadeiras catástrofes ou com bizarrices mil no caminho da busca incessante pela imagem perfeita. Entretanto, ontem me deparei com algo realmente estranho, que, aliás, foi a minha inspiração para este texto.


Quando vi a manchete de que uma mulher exibiria seios gigantes que, ao que tudo indica, crescem 2,5 cm por mês, eu não pude deixar de ler o conteúdo de uma matéria tão inusitada. Pois é... Foi após ler tal matéria que pude constatar que a vaidade humana às vezes não conhece seus limites e beira a insanidade completa em alguns casos. Resumindo a história, a modelo norte-americana Chelsea Charms fez implantes mamários de polipropileno que, ao absorver fluidos carporais, crescem. Nem preciso mencionar que ficou a coisa mais grotesca possível, preciso? E não para por ai... Na mesma página da referida matéria ainda trazia outros casos de vaidade sem limites. Será que essa superexposição midiática e a fama que ela traz não influencia outras pessoas a praticarem insanidades com o corpo da mesma forma? Provavelmente sim...

É então que eu fico pensando... Até onde é válida a vaidade humana? Qual o limite para ela em uma sociedade em que o exterior é acintosamente privilegiado em detrimento do interior?

O que eu posso ver é que diversas vezes somos discriminados ou sofremos algum tipo de preconceito em função da nossa aparência. Quando o artista é muito bonito, ele passa uma infinidade de tempo para provar a qualidade do seu trabalho, quando um candidato a algum emprego não se veste bem ou não possui boa aparência, ele é logo descartado. Enfim, em uma sociedade em que o exterior é tão supervalorizado, não me assusta tanto o fato de presenciarmos tantas atrocidades feitas com o corpo e a perda do senso e do tênue limite que separa aceitável do exagero. É nessas horas que eu concordo com o não tão velho clichê... Deve ser o fim dos tempos.


11 comentários:

Poeta Insano disse...

Olá Bella...
Realmente é preocupante a busca discriminada pela beleza.
E pode-se, mesmo que precipitadamente, sentenciar os outdoors, o marketing, a mídia visual e social, que a cada dia tenta explorar e impor a beleza física como um meio necessário de se ter sucesso.
Parabéns pelo post, de extrema importância e coerente aos fatos atuais. Um abraço!

MARILENE disse...

Grande verdade! Mas nunca ouvi alguém dizer que sua alma precisava de uma plástica, que seu interior prcisava de uma renovação. E a beleza, além de não ter os padrões impostos pela mídia, os quais, infelizmente, influenciam deveras as adolescentes e jovens ainda em desenvolvimento, não será marcada por um rosto, um corpo , uma mente vazia.

Bjs.

Antônio Lídio Gomes disse...

Bela, às custas de um sacrifício insano e doentio, as pessoas se valem dos "artifícios artificiais", adquiridos com muito dinheiro, para se transformarem em aberrações, ou mutilando-se.
Um dos casos que para mim são assustadores, são aquelas próteses em forma de esferas que alguns implantam na testa, nos punhos, e há ainda aqueles que cortam a língua ao meio para se tornarem feito serpentes, figuras da mitologia, e por aí vai...
E quando se arrependem depois?
Bela no nome, Bela postagem.
Um abraço do teu leitor, beijos.

Anônimo disse...

oi
gostei muito do blog
é lindo *.*
to seguindo
beijos

http://rgqueen.blogspot.com/

Ingrid disse...

olá bela,
vim agradecer a visita e conhecer teu catinho..
muito lindo mesmo!
beijos e boa semana..

Anônimo disse...

É verdade Bela,
Também andei debruçando-me sobre esse assunto, principalmente porque não conseguia entender como as pessoas podiam cometer tanta judiação com o seu corpo, em nome da beleza exterior. Ou melhor, em nome de um conceito próprio e subjetivo de beleza. Claro, só pode mesmo ser a vaidade natural elevada à sua máxima potência, às últimas consequências. Mas, quer saber? Mesmo assim, ainda não entendo, sei lá, acho que a palavra certa é entendo mas não aceito. Dê uma olhadinha no passado, cada coisa, menina! De arrepiar! Mas agora, com as tecnologias estimulando esses comportamentos teratológicos, não sei não. Essa dos seios crescendo indefinidamente, é de matar! É..., deve ser o fim dos tempos. Aliás, 2012 está bem aí, na nossa porta e, dizem os entendidos, será um ano fatídico. Aff.

Adorei o post. Obrigada por me seguir. Agora, com licença, vou dar uma lida em no que você tem escrito noutros posts. Gostei daqui.
Bjsssssssss

O Árabe disse...

Mais fácil, Bela, é o fim dos tempos, do que o fim da vaidade humana! :) Boa semana.

ALUISIO CAVALCANTE JR disse...

Olá.

Fico a pensar
se dedicassemos
nosso tempo,
para a construção
de um mundo
mais solidário,
que maravilha de mundo
construiríamos.

Que as estrelas
sempre brilhem em teu olhar.

Carla Fernanda disse...

Não podemos perder o equilíbrio, principalmente na vaidade que nos leva a um caminho de falso valor.
Beijos e boa noite!
CArla

Johnny Madrid aka Tim E. disse...

More wise words from a wise woman. Good to read your blog again. Hope people will change and start looking at the person and not his or her looks. Oh, well we're human, so i guess that's not really going to happen. Glad you are here to spread some wisdom. ;)

Bruna disse...

Olá!

Caí nesse post ao procurar por fotos sobre vaidade.

Também tenho um blog que fala sobre essas questões, é o http://angustiaetica.blogspot.com.

Abraço!