Quando se é jovem, quanta besteira não se fala?
E diversos são os ideais que se acredita com a mais pura convicção.
Tantos caminhos sinuosos... tanta coisa errada....
Tantos verbos audaciosos: Eu acredito, eu falo, eu vou....
E tanta primeira pessoa junta...
Quando se é jovem, tem-se muita vontade e pouca experiência
Mas viver tem como consequência ensinar que nem tudo que parece é...
E os verbos antes audaciosos, são levados pela correnteza da vida e se tornam implacáveis
O eu acredito, se torna hoje eu sei
O eu falo, se torna antes eu reflito
E o eu vou... o eu vou se torna já voltei...
Voltei e vi que nada daquilo que eu acreditava ser tão verdadeiro, realmente era.
E tantas realidades que eu sonhei serem sublimes,
Tragaram-me cruelmente para a sua real existência
E me levaram a entender que perfeito são só os sonhos....
E, às vezes, nem mesmo eles....
Se enganar é algo tão natural na juventude....
De engano a engano vai se construindo a sapiência
E aquele olhar petulante de dono da verdade, e, porque não, de dono do mundo
Com o tempo, transforma-se em um espelho da admissão dos próprios erros
E em humildade para reconhecê-los.