inconsistência leve

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Eu? Passarinho...

O que escrever quando um nada enorme se agiganta em sua mente?
Eu poderia tentar liberar, parafraseando Drummond, a poesia que está viva aqui dentro.
Eu poderia falar sobre tantas coisas que me intrigam e me fazem refletir.
Eu poderia, mais uma vez, mostrar minha indignação em palavras com esse nosso Brasil.
É... Eu poderia...

Mas hoje está com um gostinho de despedida.
Mas hoje minha cabeça martelante e pesada gostaria de estar em outro lugar, fora do meu corpo.
Mas hoje a sensação que tenho é de querer ser um pássaro, uma brisa, ou qualquer outra coisa leve e com liberdade para ver o mundo.
O "deve", o "precisa" e o extenuante "ter que" são um peso dilacerador algumas vezes.
Mas não há tempo a perder.
Mas não pode se perder o passo.
A vida não te espera.


Meu eu passarinho
Esta preso numa gaiola vazia
À noite ele sonha que voa
E sorri, mesmo voando sozinho
Pois voar é sua maior terapia
Seus olhos contentes se fecham ao leve toque da garoa



Mas logo mais um dia amanhece                  
Leva seu voo e deixa a esperança          
Meu eu passarinho nunca se esquece
De realizar os invencíveis sonhos de criança.

5 comentários:

Artes e escritas disse...

O eu passarinho merece um descanso. Um abraço, Yayá.

Alala disse...

Que lindo, adorei *-*

Denise Dias disse...

oi Bela,
e depois de ler essa poesia tão linda,só posso dizer que o meu eu passarinho acompanha o que te soprou essas palavras nesse voo!!
:)

beijos,
bom fds!

Antônio Lídio Gomes disse...

Oi Bela.
Esse passarinho ainda sonha e alça vôos longe.
Essa realidade nossa, nos tolhe, nos poda, nos amarra.
Tem horas que dá vontade de voar para além do horizonte.
Um abraço fraterno, beijos em teu coração.

Carla Fernanda disse...

Brindo à sua eterna criança em ciranda de roda...
Beijos,
Carla